Eventos presenciais sempre foram uma das principais formas de aprendizado da comunidade médica, fomentando uma indústria de bilhões de reais por ano no Brasil. Por causa da pandemia de Covid-19, os eventos agendados para o ano de 2020 tiveram que ser adiados ou cancelados, gerando crise generalizada no setor. A startup Makadu, que há mais de 5 anos desenvolve aplicativos para eventos científicos, foi uma das muitas empresas afetadas pelos cancelamentos e adiamentos, e viu seu faturamento cair 90% nesse período.
Nesse contexto, surgiu entre as sociedades médicas uma demanda muito grande por conteúdo online de qualidade, que pudesse suprir o vácuo deixado pelo cancelamento dos eventos presenciais.
Para atender essa demanda, a Makadu criou um “YouTube médico”, cujo principais pilares são o controle de acesso, restrito somente a profissionais da saúde, e o alto nível de qualidade do conteúdo, 100% produzido e controlado por instituições da saúde, como sociedades médicas ou hospitais. Esse conteúdo é de acesso exclusivo a comunidade médica uma vez que o CFM (Conselho Federal de Medicina) e a ANVISA restringem o acesso do público não médico.
“Passamos a primeira semana pensando em criar uma ferramenta de lives, mas depois de estudar o mercado, ficou claro que ele não tinha espaço para outro Zoom. Começamos a olhar então para a forma como a comunidade médica costuma se atualizar, surgindo assim a ideia de uma plataforma de conteúdo em vídeo para profissionais da saúde.” – diz Eros Carrasco, CEO da Makadu. “Após essa primeira semana, tivemos uma conversa com todos da equipe sobre a situação financeira delicada que iríamos enfrentar e o resultado da nossa pesquisa de mercado. A reação da galera foi automática, todo mundo virou noite, pensou, projetou e colocou de pé o site inteiro em mais uma semana.”
A empresa desenvolveu a primeira versão da makadu.live e fez a primeira transmissão uma semana depois do lançamento. Desde essa primeira aula, em abril deste ano, a plataforma já conta com 17 mil usuários, 55 instituições parcerias em todo o Brasil, 36 mil visualizações de lives e 32 mil visualizações de vídeos.
“O modelo é muito atrativo para sociedades médicas porque elas não tem custo algum para produzir seu conteúdo com a gente. A nossa receita vem de outras fontes, como venda de patrocínio e de serviços adicionais, como emissão de certificados ou indicação de eventos”, comenta Guilherme, sócio da empresa.
Segundo Eros Carrasco, a empresa espera se tornar a principal comunidade de educação continuada da área da saúde e para isso estão neste momento focados em ampliar sua base de sociedades e profissionais da saúde, enquanto captam investimento para acelerar seu crescimento. Veja mais em https://makadu.live/