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Porque tantos contribuintes caem na malha fina?

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Por Danilo Lollio

Nesta semana foi aberto o prazo de entrega das declarações do Imposto de Renda de 2016 e a Receita Federal estima receber 28,5 milhões de declarações. Entretanto, mais do que acertar as contas com o Fisco, a grande preocupação do contribuinte é cair na temida malha fina, que a cada ano fica mais eficiente.

A Malha Fiscal da Declaração de Ajuste Anual da Pessoa Física, mais conhecida como “malha fina” é o processo de verificação de inconsistências da declaração do imposto de renda por meio de um rígido cruzamento de informações com os dados disponíveis nos sistemas da Receita Federal. Funcionando como uma espécie de “peneira” para os processos de declarações que estão com alguma pendência, o fato de cair na malha fina impossibilita a restituição, e pode resultar em uma investigação mais aprofundada sobre o contribuinte declarador por parte da Receita Federal.

Em 2014, totalizaram 937,9 mil as declarações de Imposto de Renda retidas na malha fina e, em 2015, foram 617.695 os contribuintes notificados a fazer a retificação. Essa redução está diretamente ligada à preocupação do contribuinte com o maior controle da Receita em relação aos dados, que por meio da tecnologia, consegue realizar o cruzamento das informações de forma cada vez mais sistemática. Se antes existiam dificuldades críticas na verificação dos dados enviados pelos contribuintes, agora, a Receita consegue promover rapidamente uma série de cruzamentos de dados que lhe dá um controle mais eficaz dessas informações.

Os motivos que levam o contribuinte a ficar frente a frente com o leão são sempre os mesmos. Somente em 2015, 180.755 declarações tiveram problemas com a omissão de informações sobre os rendimentos do titular e de seus dependentes, correspondendo a 29,3% do total retido. Já a divergência de informações sobre as despesas com previdência oficial ou privada levaram 24% das declarações à malha fina. Os problemas com comprovantes de despesas médicas representaram 21% das retenções. A não comprovação da retenção na fonte do IR pela fonte pagadora, como por exemplo, quando a empresa empregadora não confirma os dados fornecidos pelo contribuinte, foi responsável por 7,1% e a omissão de informações sobre rendimento com aluguéis representou 5,6% do total retido. Por fim, os índícios de falsidade em dados sobre pensão alimentícia representaram 5,3% das declarações retidas na malha fina.

Estar na mira do Fisco pode gerar consequências graves caso o contribuinte não entre em conformidade após ser notificado e perca o prazo de retificação. Existindo imposto devido, ainda que integralmente pago, será necessário o pagamento de multa de 1% ao mês ou fração de atraso calculada sobre o valor do imposto devido, de valores mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido. Se ainda assim o contribuinte não pagar o valor devido, a Receita o inscreve na Dívida Ativa da União e bloqueia seu CPF, resultando na perda ao direito de financiamentos e compras no crediário, além de implicações de penhora de bens.

Para evitar problemas com o leão existem alguns caminhos que podem reduzir significativamente a hipótese do contribuinte ter sua declaração retida. O cuidado maior é respeitar o que está sendo solicitado no documento e informar corretamente os dados. O programa desenvolvido pela Receita para a realização da declaração é totalmente autoexplicativo, por isso, se o contribuinte seguir fielmente o que está sendo solicitado, o processo fica muito mais simples e fácil. Ademais, assistir palestras sobre o tema, informar-se em sites oficiais do governo ou especializados e pesquisar notícias em fontes confiáveis são boas maneiras de esclarecer dúvidas e entender melhor o processo de entrega da declaração. Mas se ainda assim o contribuinte não estiver seguro para fazer sozinho ou em caso de declarações mais complexas que fogem ao padrão, é sempre prudente contar com o auxílio de um bom contador.

A tecnologia também pode auxiliar o contribuinte na elaboração e entrega do documento com ferramentas capazes de realizar todo processo, que antes era manual, de forma automatizada. Esses aplicativos podem ser utilizados por qualquer usuário, e especialmente contadores, que realizam esse procedimento centenas de vezes e com esse tipo de tecnologia, economizam tempo com as simulações automáticas.

A falta de conhecimento do contribuinte em relação ao universo do imposto de renda ainda é um desafio a ser superado. A atenção aos detalhes no momento da preparação da declaração é o maior aliada para não correr riscos com o Fisco e evitar a malha fina.

Cinco dicas de CEO para e-commerce

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*Por Leonardo Lima

Um dos principais recursos que atrai vendas para seu e-commerce é o tráfego orgânico gerado no Google. Para conquistar esse tráfego é fundamental haver uma estratégia de SEO (Search Engine Optimization). Ao criar uma estrutura de “sinais”, a catalogação da sua página pelo Google é facilitada, garantindo um melhor posicionamento nos resultados de pesquisa.

Na sequência, estão listadas cinco dicas que têm a intenção de turbinar o posicionamento da sua loja, e são essenciais em qualquer projeto de SEO para e-commerce.

1. Escreva descrições de produtos
Não utilize a descrição original do fabricante. O Google considera como conteúdo duplicado aquele que for repetitivo, diminuindo a sua chance de conquistar as primeiras posições. Crie um conteúdo único, genuíno e com qualidade, sem esquecer de adicionar palavras-chave relevantes e variações a sua descrição.

2. Defina suas palavras-chave
Da mesma forma que a estratégia de Links Patrocinados define seu universo de palavras-chave, em SEO é preciso fazer o mesmo para garantir que você tenha páginas e conteúdo equivalentes as principais delas. Utilize o planejador de palavras-chave do Google Adwords para começar sua lista.

Após desenhar sua mídia orgânica ou lista de palavras-chave, você pode acompanhar o posicionamento de sua loja e seus principais concorrentes a partir de diversas ferramentas existentes no mercado.

3. Rich Snippets
Os rich snippets, ou famosos dados estruturados inseridos no código HTML, são utilizados pelo Google para compreender o conteúdo da sua página. Estrutura de preço, título, breadcrumb e avaliações de usuários, influenciam nos resultados e aumentam muito o CTR.

Você pode estruturar seu conteúdo de diversas formas e existem estruturas específicas para produtos. Saiba mais em Schema.org e teste seu código utilizando a ferramenta de testes da Google.

4. Crie um BLOG
Crie artigos que estabeleçam comparações entre marcas e tire dúvidas sobre as características dos produtos. Estes artigos, além de criar demanda, estabelecem um relacionamento com o usuário, funcionando como fonte de tráfego qualificado para sua loja. Por exemplo: “O que é Refrigerador French Door” ou “Dicas de como escolher seu celular”.

5. Otimize para Mobile
Atualmente, o número de pesquisas em celulares já ultrapassa o de desktop, isso devido a crescente migração de usuários de smartphones, comodidade e facilidades que o mobile oferece. Portanto, ter um site mobile friendly é importante na conquista dessa grande fatia do mercado. Crie um site responsivo ou uma versão mobile para não deixar esse volume escapar.

Estas são apenas algumas práticas de SEO que podem ser aplicadas. A medida que seu site cresce é importante que também se atualize, incluindo todas as mudanças e novas tendências. Consulte um especialista em SEO ou agência especializada para assegurar sua competitividade no mercado online.

*Leonardo Lima, é gerente de mídia e marketing da Raccoon, uma das maiores agências de marketing de performance do Brasil. Com uma carteira de clientes composta por marcas como Fast Shop, Discovery Channel, Connect Parts, EZTEC, Grupo Samba, Kabum e eFácil, a Raccoon oferece às marcas uma equipe composta por engenheiros, matemáticos e estatísticos que permitiram a agência atingir um aumento de 20% na performance destes clientes em investimentos em marketing online.